domingo, 31 de maio de 2009

Raciocínio

Autora: Ilza Maria Saldanha Ribeiro

Palavras...
São tantas!
Mas às vezes
Faltam-me no pensamento,
quando quero expressar o que sinto
em determinado momento.
Raciocínio...
Chega e demora por tantas horas...
Porque não chega no momento oportuno
para resolução de um problema que me atormenta?
As palavras sábias, às vezes são covardes!
Quando os maus ventos, nossa casa invade,
Elas fogem.
Quando passam os vendavais,
aparece o raciocínio,
sábias palavras vêem,
ainda se exibindo como as tais,
querendo induzir agente
a voltar e recuperar
o que ficou para traz.
Porque isso não acontece
no momento certo
quando agente carece
dar troco com palavras
e com palavras dar pancadas
em humanos doentes
por serem carentes
de sábias palavras?
Raciocínio rápido...
Quem me dera se isso
acontecesse comigo
todas as vezes que eu precisasse!
Quem sabe...
Sou ainda doente
por sentir a falta de palavra inteligente
que corta a lança e desfaz o arco
que no tempo da colheita
atua em minha mente como um marco?
De uma coisa tenho certeza:
Não sou uma indolente
Preguiça escalando uma árvore
em passos de fel.
Sou humana ativa e consciente,
rumo ao aprendizado
de inesgotável e persistente
sabor de mel.

(Oliveira dos Brejinhos, 13/03/2008
Imagem: Ilza Saldanha

sábado, 30 de maio de 2009

Educar

Autora: Ilza Maria Saldanha Ribeiro
Educar

Acham que sabem.
falam em instruir,
construir, transformar,
lapidar e até reciclar
professores e deixá-los prontos
para educar.
Mas na verdade, o que não sabem,
é que educar é um dos verbos
mais difíceis de se conjugar,
quando conjugar significa educar.
Lêem Freud, Platão, Aristóteles e outros mais.
Copiam exemplos dos sábios tais,
que viveram no passado, onde quase tudo
Já está pro passado.
Esquecem que têm mente e que são inteligentes.
Que podem apelar pelo seu raciocinar
e encontrar maneiras de adequar a educação
à realidade do seu lugar.
Vale a pena tentar o seu potencial usar
para resolver problemas atuais
que estão à humanidade a atormentar.
Quando o assunto é ensinar prepotentes saltam
e se exaltam no falar, mas nada conseguem mudar.
Não percebem que as mudanças vêm devagar,
com o passar do tempo,
com descobertas inteligentes,
que as vezes nem se sentem como e quando chegam até a gente.
A escola hoje existe, mas nem sempre existiu.
Como pessoas em épocas passadas, viveram sem serem educadas?
A resposta está nas necessidades que elas precisavam superar.
Nas barreiras que elas careciam derrubar, 
para seus objetivos alcançar.
Palavras só são palavras, que belas, 
só servem para discursos enfeitar.
Se quiserem colher da terra o fruto,
têm que a ela arar e a semente semear,
sem se esquecerem que em cada ano, pode haver a necessidade
de técnicas agrícolas renovar.

Autora: Ilza Maria Saldanha Ribeiro
04/03/2008.

Oliveira dos Brejinhos - Ba, 04/03/2008.