Autora: Ilza Maria Saldanha Ribeiro
Palavras...
São tantas!
Mas às vezes
Faltam-me no pensamento,
quando quero expressar o que sinto
em determinado momento.
Raciocínio...
Chega e demora por tantas horas...
Porque não chega no momento oportuno
para resolução de um problema que me atormenta?
As palavras sábias, às vezes são covardes!
Quando os maus ventos, nossa casa invade,
Elas fogem.
Quando passam os vendavais,
aparece o raciocínio,
sábias palavras vêem,
ainda se exibindo como as tais,
querendo induzir agente
a voltar e recuperar
o que ficou para traz.
Porque isso não acontece
no momento certo
quando agente carece
dar troco com palavras
e com palavras dar pancadas
em humanos doentes
por serem carentes
de sábias palavras?
Raciocínio rápido...
Quem me dera se isso
acontecesse comigo
todas as vezes que eu precisasse!
Quem sabe...
Sou ainda doente
por sentir a falta de palavra inteligente
que corta a lança e desfaz o arco
que no tempo da colheita
atua em minha mente como um marco?
De uma coisa tenho certeza:
Não sou uma indolente
Preguiça escalando uma árvore
em passos de fel.
Sou humana ativa e consciente,
rumo ao aprendizado
de inesgotável e persistente
sabor de mel.
(Oliveira dos Brejinhos, 13/03/2008
Imagem: Ilza Saldanha