Observando o comportamento entre eles, vê-se que há uma tremenda rivalidade.
Onde um galo canta, pode até cantar outro, porém, mais distante.
Num poleiro pode haver várias galinhas, contudo, só pode permanecer um galo. Ele é o manda-chuva, o chefe, dono do poleiro com toda a galinhada ali presente, prontas para lhe paparicar.
Um galo não divide seu espaço nem com seu próprio filho, o coitado galo adulto! Enquanto pequeno, tudo bem, pode ficar no pedaço. Virou rapaz, logo é escorraçado e obrigado a conquistar o seu espaço.
Não é fácil um galo construir o seu reinado. Precisa brigar muito com outros caras para garantir sua estabilidade, sem descartar a possibilidade da intromissão de outro galo que por ter ficado adulto e do seu poleiro foi chutado.
Mas não é de se espantar com o comportamento dos galos, há pessoas que são como eles: falam pelos cotovelos, demais juntas e joelhos! Contudo, recusam a dividirem o seu espaço e falas com outras pessoa iguais a elas dotadas da fala e da audição com mentes boa para raciocinar! Verdade, verdade... Há humanos como galos, que pensam estarem num poleiro com frangos e frangas com medo.
O que foge do controle das gentes-galos, é que galos não falam, não raciocinam e não precisam de auditórios que os ouçam. Os galos não dão shows, só cantam e encantam todas as galinha do poleiro!
Já as gentes-galos...Deixe-as continuarem galos falantes sem ouvintes significantes, até se perceberem gentes-gentes entre ouvintes-falantes significantes!
Ilza Salanha
22 e fevereiro de 2018