Um cantinho só par mim
Ficar bem à vontade com o meu ser.
Enfim, sair de botão a florescer em cor
Sem compromisso do querer ser o que não sou.
Sem meias palavras ter uma toca
Onde eu pudesse vez em quando estar.
E lá colorir,
pincelar, construir...
Pensar, escrever, fazer engenhoca.
Quiçá eu tivera tempo e trecos,
Pincéis e tintas
dentre outros apetrechos
Em diversos canecos para cromar meu universo!
Não! Correria eu o risco de voltar à infância
Antes de crescer e
perder a esperança
De envelhecer, e de verdade voltar a ser criança!
Ilza Saldanha
27 de maio de 2018