domingo, 31 de janeiro de 2010

Frases do momento:

I- A simplicidade atrai felicidade.
II- A humildade é jóia rara que alegra a vida e embeleza a alma.
Ilza saldanha

sábado, 30 de janeiro de 2010

[POEMA]:Cálice Amargo e Cálice Doce

 Autora: Ilza Saldnha

Exclusão não rima com amor.
É um substantivo sem cor,
mesmo assim escurece o coração
de quem guarda rancor

É velha invejosa, que acompanha
os fracos desde a antiguidade,
sejam avançados ou novos na idade.

A inclusão é contrária a exclusão.
É criança contente,
se dá bem com toda gente,
não faz acepção

É como flores no jardim.
Exala bom perfume,
desperta amores
revela cores vivas
como da rosa carmesim

No convívio estão explicitas
Expostas numa mesa, nem sempre à vista.
Um cálice amargo e um cálice doce
Um favo de mel, outro sabor de fel.
Janeiro de 2010

[POEMA]Sonhos II

Autora:Ilza Saldanha

Terra de amor,
paraíso sem dor,
adulto sem choro.
Homem com olhar de criança,
mulher que não perde a esperança.

Terra serena,
sem violência,
onde ninguèm precisa
de ninguém ter pena

Terra sem vícios,
sem vestígios,
sem preguiça,
sem polícia,
onde se vê o filho crescer
sem nenhum risco correr
de atropelado ser
pela ganância que anseia a sede do poder.

Terra da vida,
sem ida e vinda de desfiladeiros
onde a liberdade
Pode ser desfrutada sem tropeços
no cotidiano de cada idade.

Terra de homens, mulheres e crianças
sem malícias, sem cobranças;
sem frio, sem sede,
com comida no celeiro

Terra dos sonhos...
De meninos que ainda curtem a infância,
de idosos que sentam nas calçadas
e nos bancos das praças
dando gargalhadas,
relembrando as passagens da mocidade.

[POEMA] Até Quando?



Ilza Saldanha

Desde o princípio se bate
Do mesmo modo no teclado
A história do passado mói e remói os fatos.
Conflitos dos mesmos tipos são relatados.

Gente que morre naturalmente
Gente que morre trespassado por espada
Do saguinário inclemente.

Assuntos antagônicos à paz
No mundo são convergentes,
Geradores de pavor, de pânico.
Catástrofes persistentes
Desde o início dos tempos.

Países sofrem ataques
Depressão, repressão, inflação
Tudo fruto daqueles do tipo “cabeção”
Que está com o poder na mão
Mas não faz nada para aliviar a tensão da população.

O sabichão regozija
Parece que sente prazer em agonizar a existência
Dos que verdadeiramente lutam na lida
Para defenderem uma vida digna

Os jornais com sua corneta
Não param de tocar
Na falta de água no planeta
Com uma música que eu gostaria
Que tivesse uma outra letra.

Greve começa, greve dá trégua
Crise econômica:
A última nota músical que desponta
Pisadinha que massacra sem pena
e apronta

Cidadãos perdem empregos
Passam a morar em cabanas
Ainda bem que não se ouviu
Mais falar de bomba atômica.
Setembro de 2009

[POEMA] Convicção



Autora:Ilza Saldanha


Um pássaro livre
com um canto triste
Vagueia pela floresta em busca de abrigo.

Conhece toda região: desde o capim ao pé de jataí,
desde a relva até a sequóia ,
árvore que raro homem deve conseguir
alcançar sua copa para fazer tramóia.

Seu canto entristeceu
quando pousou, refletiu e percebeu
que nada do que tem é seu,
que nada do que fez valeu,
que tiram suas penas
para aconchegar suas tendas.

Era um pássaro tão lindo!
Tinha o dom para alegrar outros
que se aproximavam do seu ninho,
mas a força lhe faltava
para tolerar as amargas águas
que lhes davam.

Um dia decidiu
ser valente: ergueu o seu
pescoço, entoou um cântico novo
quando soube da história
da vida de seu criador
que de si tanto deu e nenguém
o reconheceu.

Pássaro convencido
sobre as ações dos que a si se assemelham.
De esperiências vem sendo ungido,
Mesmo convicto das falcatruas mundanas
cresce seguro de suas ações.
Canta boinito e voa livre
amando aos outros sem fazer acepções.

[POEMA] Revelação

Autora:Ilza Saldanha

Caneca dourada,
por ela ninguém dava nada.
Nem o pó do tempo que a cobria tiravam!
Razão pela qual não enxergavam
quão grande brilho ela emanava.

No armário estava sempre emborcada
em meio às tralhas desorganizadas
numa das prateleiras de um móvel,
abandonado no canto da sala

Caneca dourada
esquecida dentro de um móvel,
que virou imóvel,
porque jamais alguém ousara mudar de lugar, .
pois tratavam-se de um estoque vulgar.

Fala-se de uma caneca não apenas dorada,
mas de ouro maciço formada.

Um dia elevaram o olhar da curiosidade,
resolveram testar sua capacidade:

Desemborcaram a caneca,
Deram-lhe um trato.
Colocaram-na em meio às outras
Para servir água na casa.

Um tesouro que esteve abandonado,
e jogado por muito tempo no armário,
foi revelado:

Uma caneca diferente,
cujo brilho não inpira vaidade, nem ilusões,
mas com um interior que comporta as melhores águas:
sabedoria e virtudes
que regam, lavam e a sede matam.
Ações capazes de transformar trapos em vidas,
tesouros de inigualáveis valores.

sábado, 9 de janeiro de 2010

[POEMA] Falso Retrato

Autora: Ilza Saldanha

Foi um fato,
por mim não esperado.
Tentaram pintar o meu retrato,
como eu nunca imaginei!
Nem sei
Como tudo começou...
Fizeram uma figura
Totalmente diferente do que eu sou,
Que aos meus olhos
Ficou uma feiura:
Não usaram tinta,
não usaram papel
e nem tão pouco pincel.
Usaram palavras ridículas
E com caras deslavadas
Falaram que eu falei.
Se eu falei não sei!
Só sei que o que falaram
Que eu falei,
Pode crer!
Não tem nada a ver
Com a pessoa do meu eu.
Um retrato mal tirado,
Pincelado
Com cores de falsidade,
Não chegando
Nem um pouco a parecer
Com a pessoa da minha personalidade.

Crônica: Natal

AUTORA: Ilza Saldanha

Muitas luzes cintilam pelas cidades, o brilho está em toda parte, o verde, o branco e o vermelho... cores que se destacam numa policromia significante. A expectativa das crianças aumenta a espera da festa, dos presentes... Adultos pechincham os preços dos ingredientes que compõem a ceia. Os dias se aproximam para a realização da chamada tão grande confraternização. Está chegando o momento, o peru, as bebidas as frutas, o panetone... pratos, talheres... a mesa está posta todos se prontificam para a passagem mais significante do ano para os cristãos. É um momento inesquecível! Muitos sorrisos, abraços, fogos coloridos, votos de felicidades, troca de presentes, enfim, o contentamento é geral, pode-se dizer que é “o dia mundial do amor fraternal". E não é mesmo para ser diferente, pois se trata do aniversário de Jesus, o coração do povo se enche de emoção.

Mas o que rega este dia para o acontecimento do quão cintilante momento, poucas pessoas são capazes de perceberem que realmente, nada mais é do que um composto de emoções que passam de pessoas para pessoas como um perfume bom. Um perfume cuja essência dura apenas por um dia Que pena! Bom seria se não fosse por um único dia, uma única noite. Não pelos presentes e iguarias, mas pelo amor que deveria reger a humanidade para sempre.


Acabou o natal. Algo de bom, muito bom ficou: as lembranças, a saudade dos reencontros com as pessoas queridas que estavam distantes, que só saem de férias nos finais de ano.

E a confraternização? Por que não dar continuidade à mesma entre os irmãos? É possível! É apenas viver em comunhão. Substituir os presentes materiais supérfluos por presentes oportunamente necessários às satisfações humanas de modo que não venha a bagunçar as finanças dos outros. É presentear um ao outro com palavras sinceras sentimentais. É entender que , há várias maneiras de presentear alguém ou de confraternizar, sabe como?

Encontre a resposta no interior no do seu eu, bem Humano, capaz de se colocar por um momento de cada vez no lugar de seus semelhantes em diversas situações vividas para entender o significado do natal e permitir que Cristo nasça dentro de você todos os dias.


Um Feliz Natal para todos e um ano novo de boas realizações.

Abraços.
Dezembro de 2009

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A Literatura e Suas Ferramentas


Ilza Maria Saldanha Ribeiro

Seres esnobes exibem suas vestes
nos bailes de encadeados de letras
e versos expressos envolventes da cultura,
indispensáveis instrumentos da literatura.

Fantasias diversas
apresentadas por elas:
Metáforas notórias,
sempre belas
ocupam posições reais, onde
rouxinóis tomam lugares
de cantores nos festivais.

A metonímia disfarçadamente,
aparece mascarada com capa,
que se semelha
ao que está por traz dela.

A hipérbole! Que ousada! Quando aparece
Ninguém mais fala! Mil vezes replica,
Em tudo se julga a tal,
A mais especial.

E o vicioso pleonasmo?
Subestimando o entendimento de todos,
quer explicar tudo nos mínimos detalhes.
Quando se pergunta pelo anfitrião da festa,
ele aponta e responde: subiu para cima do palco,
foi dançar lá em cima com sua gazela.

Para compor literatura com proeza
É preciso entender, apreciar
o balé das fantásticas fantasias

Como diz o pleonasmo
Se não tiver entusiasmo para o ato
As ilustres criaturas
Fazem uma bagunça
Na cabeça do olheiro.

No cérebro do construtor
Chega a causar até dor
No momento de distinguir
As nobres figuras.