terça-feira, 30 de março de 2010

[Crônica] Quem é Ela?

Vazia... Tem tudo, mas do tudo que tem nada é seu. Chega aos palácios, às mansões... É moça formosa, faz questão, de qualquer forma, de ser dentre as outras a mais bela, intelignte e notória em qualquer lugar. Na escola consegue captar um pouquinho daqui, um tantinho dali, uma reposta da Lúcia, outra do João e com o restante na colinha da mão garante a nota máxima na prova de religião sem esforço algum, a não ser dos passos para ocupar o espaço dos outros que são comuns. O mínimo de preocupação? Jamais! Nada disso se percebe em seu semblante! É senhora, mãe exemplar; senhor, chefe de família que de tudo participa. Na empresa? Inspetor de setor a caminho da função de administrador, ou quem sabe? De presidente por ter sido visto como o mais competente no ramo que na verdade ultrapassa o de bajulador. Na presença? Nem de todos! Mas concorda e discorda a depender da opinião do maior, do mais forte, da maioria envolvida no negócio. Possuiu Caim que matou Abel; perseguiu Davi através de Saul. Ainda é...Continua na luta reeivindicando direitos que não tem, posses que não conquistou. Deseja tudo o que vê, se possível compra o que não necessita ter, procura imitar, mas original nunca pode ser. Só os que têm visão são capazes de ver o que nela está implicito e o poder que ela tem de trapacear os ingênuos, tolos que não conseguem ver com os olhos do saber. Olhos capazes de identificar e desmascarar a danada causadora da real rebelião de forma silenciosa que atinge o cidadão honesto, obrigando-o a fazer protestos que podem mergulhá-lo na sargeta, deixá-lo sem identidade na prisão, ou perambulando pelos becos escuros da solidão.
Precisa revelar o ser do qual se fala? Não! Pelas travessuras mencionadas nesta alegoria consegue-se notar que não é homem e nem mulher, mas entre ambos age, enfia sua colher. Por causa dela apedrejaram Estêvão, soltaram Barrabás e cruscificaram Jesus. É marcante na extrema e adulta inteligência humana sem a “essência do bem: sabedoria que muios apesar de terem não reconhecem de onde vem”.
Autora: Ilza Saldanha

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